15 de maio de 2007

A idade passa para todos

Eu estava sentada na sala de espera, para a minha primeira consulta com um novo dentista, quando observei que o seu diploma estava pendurado na parede.

Ao ler o nome, de repente, eu me recordei de um moreno alto, que tinha esse mesmo nome.

Era da minha classe do colegial, uns 40 anos atrás, e eu me perguntava se poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me apaixonado à época?

Quando entrei no consultório, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Este homem grisalho, quase calvo, e o rosto marcado, profundamente enrugado, era demasiadamente velho para ter sido o meu amor secreto... quê que é isso!?

Depois que ele examinou minha boca, perguntei-lhe se ele tinha sido do Colégio Estadual Central.
- Sim, respondeu-me.
- Quando se formou?
- 1966. Mas, porquê a pergunta?
- É . bem... você era da minha classe.
Aí, então aquele velho horrível, anormal, cretino, tremendo filho de uma puta, me perguntou:
- E a Sra. era professora de quê?

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